terça-feira, 13 de outubro de 2009

Osteoporose


A osteoporose é uma doença silenciosa que aos poucos vai fragilizando os ossos, é caso de saúde pública no universo da população com mais de 50 anos. Cerca de 75 milhões de pessoas têm osteoporose na Europa, EUA e Japão. No Brasil são cerca de 10 milhões de pessoas com osteoporose (aproximadamente 01 em cada 17 pessoas têm osteoporose).
A osteoporose é definida como um distúrbio ósseo no qual ocorre uma redução da massa óssea com deterioração da sua estrutura, o que leva a uma maior fragilidade e conseqüentemente, a um maior risco de fraturas.
A massa óssea aumenta durante a infância e adolescência e o pico de massa óssea(PMO) é obtido na segunda década de vida. O pico de massa óssea é determinado por fatores genéticos, hormônios esteróides, nutrição e atividade física. A otimização do PMO na infância e a minimização das perdas em estágios tardios são os dois principais fatores de risco modificáveis na prevenção da osteoporose.
A osteoporose é decorrente da interação de diversos fatores e não de um nutriente isoladamente. A fração orgânica dos ossos é formada principalmente pelo colágeno tipo I (um tipo de proteína) e a fração inorgânica é composta por cálcio e íons fosfato e também por íons carbonato, Mg, Na, K e citrato em menores quantidades. Uma dieta adequada deverá fornecer os nutrientes necessários para a síntese e manutenção dessa estrutura.
A dieta ideal para a prevenção/tratamento da osteoporose deve equilibrar o organismo como um todo, além de fornecer os nutrientes necessários para a manutenção da massa óssea. A inflamação e o estresse oxidativo contribuem para o aumento da reabsorção óssea (degradação). Deste modo, a dieta deve ser antiinflamatória e rica em antioxidantes.
De um modo geral, os alimentos refinados (açúcar, farinha branca), os refrigerantes e o excesso de carne vermelha são pró-inflamatórios e acidificantes. Estes alimentos, portanto favorecem a inflamação e a retirada do cálcio dos ossos. O excesso de cafeína e sal, aliados a uma dieta pobre em cálcio, aumentam sua excreção.
Por outro lado, as frutas e vegetais são os principais alimentos alcalinizantes. As frutas e verduras são fonte de diversos nutrientes como o Mg, K, vitamina C e vitamina K, essenciais ao metabolismo ósseo. Possuem também antioxidantes como a vitamina C e o β-caroteno. Ainda, elas são capazes de neutralizar o excesso de carga ácida da dieta.
Viva com saúde!
Fonte: Dra. Gisela Savioli

O nosso corpo é nosso maior patrimônio


Nutrigenética e nutrigenômica

TODOS OS ALIMENTOS CONHECIDOS COMO SAUDÁVEIS SÃO BONS PARA VOCÊ?




A Nutrição Clínica Funcional é uma ciência que se baseia em cinco princípios, sendo o principal deles a Individualidade Bioquímica. A individualidade bioquímica é definida como um conjunto único de fatores genéticos de uma pessoa, que controla o seu metabolismo, suas necessidades nutricionais e as sensibilidades causadas pela interação com o meio ambiente.
Assim, temos que pensar que cada pessoa tem um código genético individual e único, que é diferente do código de seus pais, irmãos e filhos. Assim, esse fato faz com que cada pessoa seja única, com características individuais, e completamente diferente do restante das outras pessoas. Sabemos, por exemplo, que algumas pessoas têm uma predisposição genética para desenvolver um determinado tipo de câncer, como por exemplo, câncer de mama (filhas de mães e avós com histórico de câncer de mama, têm maior chance de desenvolver a doença). Então, essas pessoas deverão consumir alimentos que auxiliem na diminuição do risco de desenvolver o câncer e, ao mesmo tempo, evitar consumir aqueles alimentos que, apesar de serem saudáveis, podem estar associados com aumento do risco de câncer.
O organismo de cada pessoa irá responder de uma maneira específica à ingestão de alimentos. Por exemplo, sabemos que algumas pessoas consomem beterraba e produzem uma urina de coloração vermelha; outras, quando ingerem aspargos, têm uma urina com odor forte. Ainda, alguns indivíduos com hipertensão arterial, consomem dietas totalmente isentas de sal e mesmo assim continuam com níveis elevados de pressão arterial. Por outro lado, algumas pessoas consomem uma dieta muito rica em sal, mas não têm nenhuma elevação nos níveis de pressão. O mesmo vale para pessoas com alterações nos níveis de colesterol: algumas têm elevação do colesterol só de “olhar” para um bolo recheado, enquanto que outras comem bolo recheado cinco vezes na semana e não têm nenhuma alteração nesses níveis.
Todas essas situações são atribuídas ao código genético de cada indivíduo. Portanto, sempre devemos considerá-lo no momento de nossas escolhas alimentares, já que está bem claro que alimentos saudáveis para alguns, podem ser importantes venenos para outros.







Fonte: Valéria Pascoal - Nutricionista Funcional